quinta-feira, dezembro 05, 2002

Ziembinski ao desembarcar no porto do Rio de Janeiro às cinco horas da tarde do dia 6 de julho de 1941 relata a lembrança que guardou das suas primeiras impressões da cidade:

“Eu fiquei em primeiro lugar espantado não somente com a beleza da cidade, mas com a liberdade de que eu dispunha. Com o ar macio, encantado, com a riqueza – eu não devia usar esta palavra, riqueza – com a opulência daquilo que estava na minha frente, com essa exuberância, de cores, daquilo que se podia ter, daquilo que se podia obter, com a falta de qualquer empecilho na frente da gente, com a natureza que se oferecia para ser desfrutada, e homens, mulheres, crianças, todo o povo que se abria diante da gente, e nos acolhia com aquela característica brasileira, e especialmente carioca, que nós conhecemos muito bem, mas que era muito estranha para mim, naquele tempo”

Depoimento de Ziembinski ao Serviço Nacional de Teatro em 16.04.1975 – versão integral, não publicada.
Retirado do livro ZIEMBINSKI E O TEATRO BRASILEIRO de Yan Michalski

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